Contexte

 Portugal tem um défice estrutural de madeira nas principais fileiras florestais (pinho, sobro, madeiras nobres, eucalipto, entre outras). Este deficit foi claramente agravado pelos incêndios de 2017.
A indústria portuguesa utilizadora destas matérias-primas é tecnologicamente muito avançada, o que permite a criação de elevado valor acrescentado perspetivando uma remuneração adequada da madeira nacional. Para além disso, há uma crescente procura por matérias-primas certificadas a nível mundial principalmente de madeiras de resinosas e folhosas de crescimento lento. Tudo isto leva a perspetivar   uma tendência de aumento generalizado dos preços da madeira de rolaria nos próximos anos. O crescimento do setor florestal tem sido uma forte aposta política nas últimas décadas, o que tem levado à criação de diversos incentivos legislativos e fiscais entre os quais se encontra o regime jurídico das EGF’s. Com o atual contexto de baixas taxas de juro, a entrada em vigor de um novo quadro comunitário, que disponibilizará um pacote de ajudas para apoiar investimentos no setor, e uma preocupação crescente dos investidores em fazer render o seu capital de uma forma social e ambientalmente responsável, surge assim uma oportunidade muito interessante para investidores,desde que se disponha das necessárias ferramentas de valorização dos activos e de controlo de risco operacional. No momento atual os proprietários florestais não dispõem de uma ferramenta integrada e dedicada à realidade da Ilha da Madeira, de apoio à tomada de decisão dos seus investimentos florestais.