Context

O fungo Fusarium circinatum é considerado um dos agentes bióticos nocivos com maior impacto em plantas de viveiro. Apresenta diversas vias de dispersão. As sementes infetadas assintomáticas representam um elevado risco de disseminação. As plantas em contentor podem representar uma tripla via de dispersão: a própria planta, o substrato e os contentores que, não sendo limpos, transportam o inóculo. Os substratos à base de casca de pinheiro representam um risco acrescido na dispersão do fungo, tendo em conta que a casca provém de espécies hospedeiras. A água de rega pode ser também uma via de dispersão. O fungo está classificado como organismo de quarentena. Na sequência do seu aparecimento e da sua elevada nocividade, a Comissão Europeia estabeleceu medidas fitossanitárias de emergência (Decisão nº 2007/433/CE, da Comissão, de 18 de junho), as quais implicam a destruição de todas as plantas ou sementes dos lotes infetados e a manutenção em quarentena (2 anos) dos restantes lotes de espécies hospedeiras situadas no mesmo local de produção ou atividade. Na sequência da deteção do fungo em Pt, foi publicada a Portaria n.º n.º 294/2013, a qual estabelece as medidas extraordinárias, reforçando as previstas na Decisão mencionada acima. A aplicação destas medidas em Portugal condiciona a atividade dos fornecedores de MFR e irá limitar o abastecimento do mercado nacional com plantas hospedeiras. É crucial atuar de forma preventiva, tanto ao nível das sementes como das plantas , no sentido de minimizar o risco de dispersão do fungo em, implementando metodologias eficazes para o seu controlo, com aplicabilidade em larga escala, para poderem ser utilizados pelos fornecedores de MFR no tratamento de sementes, substratos, contentores e água de rega.