Kontext

O olival é a cultura permanente com maior área no nosso país. Nos últimos anos a produção de azeite tem aumentado (GPP, 2015), devido ao acréscimo de olivais intensivos em produção, em particular dos superintensivos, olivais regados com mais de 1000 plantas por ha (Jordão e Almeida, 2014). O Alentejo é a principal região produtora de azeitona e de azeite e o olival, tal como no resto do país, é dominantemente de sequeiro. Porém, ali se concentra a maior área de olival superintensivo. A introdução destes olivais, potenciada pela disponibilidade de água e de estruturas que permitem a rega, torna necessário o aperfeiçoamento de recomendações de fertilização adaptadas às cultivares ora usadas, sistema de condução e produções obtidas, em que a aplicação dos nutrientes é feita através da fertirrega. A adequação da rega às características dos olivais e à disponibilidade de água é desejável, permitindo a otimização da fertilização e do uso da água, evitando impactes ambientais negativos. A boa gestão da água disponível e dos nutrientes necessários aí aplicados contribuirá para a obtenção de elevadas produções e de qualidade, atenuar ou eliminar o fenómeno da safra e contrassafra usual nesta espécie. Poderá permitir a redução de custos de produção e o aumento da vida útil do olival, contribuindo para a melhoria do rendimento dos olivicultores. Sendo o olival uma cultura tradicional de sequeiro existem lacunas de conhecimento sobre a fertilização racional dos olivais superintensivos e sobre a programação e condução da rega. O conhecimento gerado por este GO permitirá a otimização destas práticas culturais, contribuindo para a sustentabilidade e competitividade do setor olivícola nacional.